domingo, 21 de novembro de 2010

presente


é uma sensação inexplicável:








(de vazio incalculavel)


o telefone chamando,
onde estará você e sua voz?

ainda que eu peça, diga:
me diga, diga.

nem eu sei das palavras e a palavras sempre foram vazias.

aqui está eu:
eu te vejo:
beijo seus grandes olhos:
me afundo dentro do escuro dos seus grandes profundos olhos:


e não há nunca o final,

que nunca houve.

os olhos estão cheios de mágoas.
o corpo pesa.
e ainda assim,


escrito em 7 de março de 2008, às 5h10

mare orientale




1.
O que dizer?

Que teu cheiro continuaria em minhas mãos
Se não houvesse água e necessidade de tomar banho?
Que teu sorriso interminável continua na memória,
Resistindo contra o esquecimento resultando de lugares à meia luz?
Nem insistirei em baterme com tal limitação, pois nada
Do que dissesse alçaria voo a ponto de superar lembranças:
Dias de chuva seguidos dum domingo luminoso do cheiro
Da carne, sons sonhados nos ouvidos toda a noite.
A sensação de novamente descobrir um continente,
O riso para sempre perdido num canto de lábio.
Penas de pássaro em tua nuca, e pés, e covas.
(...)
Sem que nuncacabe.
Nuncacabe.

O que dizer?

2.
Na parte em que não te toca o sol
Te tocarei eu, enfim. Entrededos como
Fêmur em carne e remo n'agua

Rumo ao extremo de ti
Em busca de mim.


Joca Reiners Terron, Mare Orientale





talvez seja agora o tempo dessas todas palavras. da vez que insisti em dizelas, no papel amassado - tantas vezes dobrei, tantas desdobrei, sem coragem de entregar -, era tempo nebuloso, de incerteza.. agora sendo tempo de saudade real, de distancia no tempo, no espaço, talvez seja hora de encontrar as lembranças há muito perdidas no caderno, e redizelas, como antes, dentro do abraço, e ao pé do ouvido.....: saudade

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Edward del Rosario









As pequenas memórias

"Foi nestes lugares que vim ao mundo, foi daqui, quando ainda não tinha dois anos, que meus pais, migrantes empurrados pela necessidade, me levaram para Lisboa, para outros modos de sentir, pensar e viver, como se nascer onde eu nasci tivesse sido conseqüência de um equívoco do acaso, de uma casual distração do destino, que ainda estivesse nas suas mãos emendar. Não foi assim. Sem que ninguém de tal se tivesse apercebido, a criança já havia estendido gavinhas e raízes, a frágil semente que então eu era havia tido tempo de pisar o barro do chão com seus minúsculos e mal seguros pés, para receber dele, indelevelmente, a marca original da terra, esse fundo movediço do imenso oceano do ar, esse lodo ora seco, ora úmido, composto de restos vegetais e animal, de detritos de tudo e de todos, de rochas moídas, pulverizadas, de múltiplas e caleidoscópicas substâncias que passaram pela vida, e à vida retornaram, tal como vêm retornando os sóis e as luas, as cheias e as secas, os frios e os calores, os ventos e as calmas, as dores e as alegrias, os seres e o nada. Só eu sabia, sem consciência de que eu sabia, que nos ilegíveis fólios do destino, e nos cegos meandros do acaso, havia sido escrito que ainda teria de voltar à Azinhaga para acabar de nascer."

Pág 11



"Cai a chuva, o vento desmancha as árvores desfolhadas, e dos tempos passados vem uma imagem, a de um homem alto e magro, velho, agora que está mais perto, por um carreiro alagado. Traz um cajado ao ombro, um capote enlameado e antigo, e por ele escorrem todas as águas do céu. À frente caminham os porcos, de cabeça baixa, rasando o chão com o focinho. O homem que assim se aproxima, vago entre as cordas de chuva, é o meu avô. Vem cansado, o velho. Arrasta consigo setenta anos de vida difícil, de privações, de ignorância. E no entanto é um homem sábio, calado, que só abre a boca para dizer o indispensável. Fala tão pouco que todos nos calamos para o ouvir quando no rosto se lhe acende algo como uma luz de aviso. Tem uma maneira estranha de olhar para longe, mesmo que esse longe seja apenas a parede que tem na frente. A sua cara parece ter sido talhada a enxó, fixa mais expressiva, e os olhos, pequenos e agudos, brilham de vez em quando como se alguma coisa em que estivesse a pensar tivesse sido definitivamente compreendida. É um homem como tantos outros nesta terra, neste mundo, talvez um Einstein esmagado sob uma montanha de impossíveis, um filósofo, um grande escritor analfabeto. Alguma coisa seria que não pôde ser nunca. Recordo aquelas noites mornas de Verão, quando dormíamos debaixo da figueira grande, ouço-o falar da vida que teve, da Estrada de Santiago que sobre as nossas cabeças resplandecia, do gado que criava, das histórias da sua infância distante. Adormecíamos tarde, bem enrolados nas mantas, por causa do fresco da madrugada. Mas a imagem que não me larga nesta hora de melancolia é a do velho que avança sob a chuva, obstinado, silencioso, como quem cumpre um destino que nada poderá modificar. A não ser a morte. Este velho, que quase toco com a mão, não sabe como irá morrer. Não sabe que há poucos dias antes do seu último dia terá o pressentimento de que o fim chegou, e irá, de árvore em árvore do seu quintal, abraçar os troncos, despedir-se deles, das sombras amigas, dos frutos que não voltará a comer. Porque terá chegado a grande sombra, enquanto a memória não o ressuscitar no caminho alagado, ou sob o côncavo do céu e a eterna interrogação dos astros. Que palavra dirá então?


(...)

Tu estavas, avó, sentada na soleira de tua porta, aberta para a noite estrelada e imensa, para o céu de que nada sabias e por onde nunca viajarias, para o silêncio dos campos e árvores assombradas e disseste, com a serenidade dos teus noventa anos e o fogo de uma adolescência nunca perdida: “o mundo é tão bonito e eu tenho tanta pena de morrer.” Assim mesmo. Eu estava lá."

Pág 120


Trechos do livro "As pequenas memórias", do grande José Saramago, que deus o tenha, amém.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

domingo, 12 de setembro de 2010

lovely guys



rafael coutinho, daniel galera, rafael grampá & daniel pellizzari
do sul do brasil para o mundo!

Betsy' O

É para lá que eu vou


“Na ponta da palavra está a palavra. Quero usas a palavra “tertúlia” e não sei aonde nem quando. À beira da tertúlia está a família. À beira da família estou eu. À beira de eu estou mim. É para mim que vou. E de mim saio para ver. Ver o que? Ver o que existe. Depois de morta é para a realidade que vou. Por enquanto é sonho. Sonho fatídico. Mas depois - depois tudo é real. E a alma livre procura um corpo para se acomodar. Mim é um eu que anuncio. Não sei sobre o que estou falando. Estou falando do nada. Depois de morta engrandecerei e me espalharei, e algém dirá com amor meu nome. É para meu pobre corpo que vou. [...] À extremidade de mim estou eu. Eu, implorante, eu a que necessita, a que pede, a que chora, a que se lamenta. A que diz palavras. Palavras ao vento? Que importa, os ventos as trazem de novo e eu as possuo. Eu à beira do vento. O morro dos ventos uivantes me chama. Vou, bruxa que sou. E me transmuto. Oh, cachorro, cadê tua alma? Está à beita do teu corpo? Eu estou à beira de meu corpo. E feneço lentamente. Que estou a dizer? Estou dizendo amor. E à beira do amor estamos nós.”

Clarisse, “É para lá que eu vou”.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

do cotidiano

'a vida cotidiana começa a nascer quando as ações e relações sociais já não se relacionam com a necessidade e a possibilidade de compreende-las e de explicita-las, ainda que por meios místicos ou religiosos; quando o resultado do que se faz não é necessariamente produto do que se quer ou do que se pensa ter feito.'

'estamos aparentemente condenados ao tempo trágico do atual e do imediato, ao tempo da falta de imaginação e da falta de esperança.' Maffesoli

'o operário que trabalha, que submete seu corpo, seus gestos, seus movimentos ao ritmo da máquina, à disciplina do processo de trabalho e ao desencontro do processo de valorização, de apropriação privada dos resultados da produção social, também dorme e sonha.'

'(...) ainda não vivem na (e a) cotidianidade, que não é a aceitação resignada da impotência de todos os dias, mas a vivencia do estranhamento mediada pela consciencia critica dessa impotencia.'

'é nas tensões do vivido que tem lugar o encontro/desencontro da vida cotidiana com a vida privada, e da vida cotidiana com a História.'

'(...) a cotidianidade é a era dominada pelo cotidiano e pela cotidianização da vida. isto é, pela fragmentação da consciência, pela manipulabilidade da consciência que não captura sua relaçao com o que Sartre define como processo de totalização em curso, na totalidade que lhe dá sentido. A cotidianidade é, justamente, o tempo em que o íntimo e o familiar são invadidos por essa dilaceração, pela percepção falseada, deformada, mutilada. o íntimo e familiar esta invadido pelo público, pela manipulação da percepçao: a televisao, o radio, portanto, pelo adverso, seu oposto.'

'(...) lefebvre não retorna, simplesmente, aos conceitos de Marx. mas à relação entre um modo de pensar e uma prática, isto é, a um projeto na práxis que define o trajeto de uma vida. o método dialético está no centro desse retorno. mas o método que foi se definindo ao longo da obra de Marx, que combina os momentos do método de investigação e do método de explicação; e que culmina com a análise inacabada sobre as classes sociais, isto é, sobre a primeira tríade: trabalho, terra e capital, ou seja, salário, renda e lucro. o pensamento de Marx não era binário, como o fez mais tarde o marxismo vulgar, e sim triadico.'


josé de souza martins

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

O desbunde do desbunde


Resumo
A crítica literária “O desbunde do desbunde - Contribuições para uma reconstituição dos fatos que levaram ao Circuito Fora do Eixo” busca uma correlação das forças políticas que levaram aos movimentos culturais Modernismo, Tropicália e Circuito Fora do Eixo. Parte da premissa das condições históricas como alavancas determinantes para o desencadeamento de transformações culturais e rupturas políticas. Dentro das abordagens teórico-metodológicas da Comunicação Popular e da Economia Solidária, analisa os avanços que o Circuito propõe, partindo da tese segundo a qual uma profunda compreensão do momento histórico pode levar à síntese entre o mundo do trabalho e o mundo da cultura. Nesse sentido, destaca a ampla utilização - e subversão - das novas tecnologias como grande contribuição para os movimentos sociais contemporâneos na disputa de sentido.


O desbunde do desbunde*
Contribuições para uma reconstituição dos fatos que levaram ao Circuito Fora do Eixo**
por Carolina Monteiro***

O Circuito Fora do Eixo é uma rede descentralizada de produção cultural que mobiliza pessoas dos quatro cantos do país em favor de uma cultura independente, autoral e colaborativa. Suas ações têm dinamizado a cena cultural brasileira, fomentando uma oxigenação na produção por meio da descentralização e da socialização do processo de trabalho e distribuição de música, teatro, circo, audiovisual, tecnologia e informação e mobilizando artistas, produtores culturais, comunicadores, gestores e intelectuais em coletivos de produção espalhados em 24 estados.
As práticas vivenciadas neste contexto expressam a evidência de um processo que é fundamentalmente político. Nesse sentido, reivindicar a Tropicália e o Modernismo, marcos da história da cultura libertária brasileira, como antecedentes deste fenômeno, é não só legítimo do ponto de vista histórico - uma forma de compreender o longo processo que desemboca na possibilidade de uma movimentação desta complexidade -, como necessário para a construção de um projeto propositivo que avance histórica e politicamente no sentido da afirmação de um mercado cultural alicerçado sobre bases mais democráticas.
O modernismo, movimento cultural sem precedentes na história do país, repercutiu fortemente na cena artística da primeira metade do século XX, sobretudo no campo da literatura e das artes plásticas. Foi marcado pela liberdade de estilo em contraposição à métrica vazia do parnasianismo vigente. Seu mais significativo feito foi a síntese improvável entre as tendências artísticas lançadas pelas vanguardas européias antes da Primeira Guerra Mundial e as raízes culturais brasileiras, que foram deglutidas conjunta e “antropofagicamente”, resultando num híbrido que simboliza a ruptura definitiva com a arte tradicional. O modernismo lançou suas bases a partir da cidade de São Paulo que, contagiada pelo discurso do progressismo e do nacionalismo, buscava uma atualização das artes.
A tropicália, por sua vez, radicalizou a abertura modernista, se expressando pelo “desbunde” generalizado à cultura obscurantista da opressão que vigorava no Brasil na década de 60. Suas ações tinham um conteúdo essencialmente estético e comportamental e propuseram rupturas para a música, o teatro, as artes plásticas, o cinema. Assim, reinventou-se a poesia, coloriram-se os festivais midiáticos, libertou-se o ato de criação artística das amarras de uma prática cultural caduca e purista, numa conjunção entre vanguarda, cultura popular e indústria cultural. Embora não tenha se constituído como um movimento no estrito termo, a tropicália empreendeu uma experiência estética com enorme potencial crítico-reflexivo de ruptura e renovação, como foi a antropofagia para a cultura, a pop art para a arte e o concretismo para a poesia.
Tanto o Modernismo quanto a Tropicália, resguardadas as suas particularidades, estão inevitavelmente vinculados ao seu contexto histórico. O primeiro, por exemplo, surge na São Paulo dos anos 10 e 20, caracterizada, então, pelo afluxo de imigrantes italianos e por uma juventude intelectualizada crítica ao academicismo e às influências francesas da Belle Époque. Diferentemente do Rio de Janeiro, um reduto da burguesia tradicionalista e conservadora à época.
É a profunda compreensão do momento que torna possível a manipulação das condições e mecanismos favoráveis à novidade, o que, neste caso, abriu passagem para as contínuas transformações pelas quais passaram a cultura, a política e a economia brasileiras a partir do século XX. Em uma de suas lições mais valiosas, o filósofo italiano Antonio Gramsci (2004) ressalta a relevância de “uma justa análise das forças que atuam na história de um determinado período” para se clarear a relação entre elas e as posições que efetivamente podem assumir nas disputas pela hegemonia****. “É necessário mover-se no âmbito de dois princípios: 1) o de que nenhuma sociedade se põe tarefas para cuja solução ainda não existam as condições necessárias e suficientes, ou que pelo menos não estejam em vias de aparecer e se desenvolver; 2) e o de que nenhuma sociedade se dissolve e pode ser substituída antes que se tenham desenvolvido todas as formas de vida implícitas em suas relações”.
Uma das imagens que, nesse sentido, melhor evocam a idéia que o Circuito Fora do Eixo (FDE) tem representado para a cultura política do país é aquela d’O Artista Igual Pedreiro*****. A ação político-cultural empreendida no âmbito da rede expressa um conteúdo marcadamente comprometido com o mundo do trabalho. Ao contrário do Modernismo e da Tropicália, o Circuito empreende uma estruturação do processo produtivo da cultura, que tem na autogestão sua opção política de administração. Daí depreende-se um dos aspectos históricos mais expressivos das potencialidades políticas da rede: como autogerir um movimento que atua em dimensões continentais? Se apropriando das condições materiais por excelência do mundo contemporâneo: o FDE promove uma sistemática ocupação da Internet e explora o potencial midialivrista das novas tecnologias da comunicação e informação.
Conforme Paul Singer, secretário da Economia Solidária e seu principal teórico no Brasil, a prática da autogestão visa a criação de um ambiente democrático de gestão, com as informações fluindo livremente entre os membros do empreendimento, já que, neste caso, há uma real apropriação, pelo trabalhador, do processo produtivo, bem como dos resultados do seu processo de trabalho. A escolha por esta forma de gestão em detrimento de outras tantas cria, por si mesma, possibilidades para o desencadeamento de um circuito de ressignificações que repercutem não apenas economicamente, mas cultural, ética e politicamente (SINGER, 1998, 2002).
A autogestão é a base do Movimento de Economia Solidária, ao qual, não por acaso, o FDE se liga formalmente. O projeto de uma Economia Solidária busca a construção de uma nova sociedade igualitária, a partir de uma transformação cultural por meio da qual os empreendimentos passem de lugar de exploração a lugar de reprodução ampliada da vida. Seu grande potencial está nesta capacidade de redesenhar padrões, no que se refere aos hábitos relacionados com os mecanismos de produção, distribuição e consumo de bens e serviços, mas principalmente com relação à busca por uma nova configuração mental para o trabalhador (SINGER, 2000, 2002).A ocupação da internet como grande arena de debates, troca de informações, articulação e gestão do movimento; a potencialização da capacidade dos novos meios de comunicação em produzir informação, arte e comunicar a cultura; todas estas ações sendo empreendidas em favor de uma prática cultural livre dos jogos mercadológicos são formas de socialização dos grandes meios de produção da contemporaneidade, mas, em um nível mais profundo, formas de subversão de instrumentos criados originalmente como suporte da ideologia dominante em favor de um projeto de emancipação dos sujeitos sócio-culturais. A radicalização qualitativa do processo econômico e tecnológico contemporâneo, seguida da subversão da sua razão política, é muito simbólica da capacidade desta articulação alicerçar novos marcos subjetivos no campo das complexas tensões ideológicas e disputas de sentido da contemporaneidade.
Nesse sentido, a problemática dos processos comunicativos do Circuito Fora do Eixo insere-se, ainda, dentro da proposição da “comunicação popular”. Esta área do saber (e campo de ação) tem oferecido contribuições para um modelo de intervenção social orientado no sentido de conferir aos indivíduos e coletividades secularmente oprimidos uma visão sistêmica de sua condição no mundo, das mediações às quais está sujeito, bem como das possibilidades de intervenções sociais libertadoras pelas quais ele pode construir sua história.
Na concepção da comunicação popular, o indivíduo supera a condição de receptor ou emissor, e passa a produzir e consumir participando coletivamente da construção de conteúdos e da gerência de sua transmissão. Cicília Peruzzo (2004) ancora a comunicação aos movimentos sociais, creditando a ela a capacidade de “articulação de propostas políticas”, que respondem às contradições sociais se estruturando como luta da população por “espaços democráticos negados pela classe do poder”. O processo que está em curso, com o FDE na vanguarda do processo, constitui-se por meio da contínua (re)criação de narrativas e da experimentação de relações sociais, culturais e produtivas horizontalizadas, pautadas pela autogestão, associativismo, troca e compartilhamento em rede: uma síntese histórica que a juventude persegue desde o mais remoto dos tempos.
Em um tempo histórico em que a ideologia do capitalismo busca sedimentar o senso comum de que não há alternativa a esse modo de produção, as ações do Circuito Fora do Eixo surgem como uma construção cotidiana e gradual da negação, que se manifesta positivamente sob a forma de relações sociais renovadas, que se dão em contextos de produção associada e fomentam novas concepções e práticas de formação humana. Significa reafirmar, como o mestre Jards Macalé, que o “desbunde desbundou” - que a juventude ultrapassou a enorme porta entreaberta pelo esforço de movimentos como o Modernismo e Tropicália e está viabilizando formas de vivenciar, no médio e longo prazo, não só uma cultura independente, criativa e autoral, mas uma opção profissional comprometida com um projeto político-econômico assentado sobre valores emancipadores.


Notas:


* Referência à expressão “O desbunde desbundou”, utilizada por Jards Macalé no segundo dia de debates do Observatório Fora do Eixo, contextualizando o atual estado do “desbunde” (o termo foi primeiramente utilizado por José Celso Martinez, no primeiro dia de debates, para caracterizar o comportamento da juventude durante a Tropicália). Os debates reuniram Zé Celso Martinez e Cláudio Prado, Jards Macalé, os jornalistas José Flávio Jr e Rodrigo Savazoni e a pesquisadora Giselle Beiguelman (Doutora em história da cultura pela USP).
** Crítica Literária produzida dentro da abordagem “Política” para a Campanha "Em Busca do Elo Perdido", do IV Observatório Fora do Eixo Musical, promovido pelo Circuito Fora do Eixo. O espaço de reflexão selecionou 4 pesquisadores para problematizar os debates do Observatório por meio da criação de uma crítica literária dentro das abordagens política, econômica, artística e histórica. A obra foi selecionada pela "Bolsa Funarte de Produção Crítica sobre Conteúdos Artísticos em Mídias Digitais/ Internet”.
*** Carolina Monteiro é graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela UNESP/Bauru (2005) e está se especializando em Comunicação Popular e Comunitária pela UEL/Londrina. Sua linha de pesquisa tem-se consolidado na abordagem da Comunicação Popular, a qual experenciou, sobretudo, no âmbito da Economia Solidária, entre 2005 e 2010.
**** Hegemonia: conceito desenvolvido pelo filósofo Antonio Gramsci para designar a conquista do consenso e da liderança cultural e político-ideológica de uma classe ou bloco de classes sobre as outras. Além de congregar as bases econômicas, a hegemonia tem a ver com entrechoques de percepções, juízos de valor e princípios entre sujeitos da ação política.
***** “Artista igual Pedreiro” (2008): álbum de estréia do power trio cuiabano Macaco Bong, do Coletivo Espaço Cubo, um dos fundadores da rede Circuito Fora do Eixo.



Referências Bibliográficas

PERUZZO, Cicilia Krohling. Da observação participante à pesquisa-ação no campo comunicacional: pressupostos epistemológicos e metodológicos. In: MELO, José Marques de; e GOBBI, Maria Cristina (Org). Pensamento Comunicacional Latino-Americano: da pesquisadenúncia ao pragmatismo utópico. São Bernardo do Campo: Umesp: Cátedra Unesco de Comunicação para o Desenvolvimento Regional, 2004.
GRAMSCI, Antonio. Escritos políticos. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2004.
SINGER, P. & SOUZA, R. (2000) A economia solidária no Brasil: a autogestão como resposta ao desemprego. São Paulo, CONTEXTO.
SINGER, Paul. Introdução a Economia Solidária. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2002.
_________. “Uma Utopia Militante: repensando o socialismo”. Petrópolis: Vozes, 1998.

quarta-feira, 14 de julho de 2010


autor desconhecido

terça-feira, 13 de julho de 2010

leptospirose



A banda punk bragantina Leptospirose acaba de lancar o disco "Mula Poney", gravado e produzido por Rafael Ramos (Deck Disc) e lançado pelo compacto.rec.

leia mais sobre a banda e a produção.

baixe o disco aqui!

the cramps


Complete 1979 Ohio demos, a.k.a. the “All Tore Up” LP, zipped up into one convenient package for you.

:)

aqui!

domingo, 11 de julho de 2010

O labirinto


Este é o labirinto de Creta. Este é o labirinto de Creta cujo centro foi o Minotauro. Este é o labirinto de Creta cujo centro foi o Minotauro que Dante imaginou como um touro com cabeça de homem e em cuja rede de pedra se perderam tantas gerações. Este é o labirinto de Creta cujo centro foi o Minotauro, que Dante imaginou como um touro com cabeça de homem e em cuja rede de pedra se perderam tantas gerações como Maria Kodama e eu nos perdemos. Este é o labirinto de Creta cujo centro foi o Minotauro, que Dante imaginou como um touro com cabeça de homem e em cuja rede de pedra se perderam tantas gerações como Maria Kodama e eu nos perdemos naquela manhã e continuamos perdidos no tempo, esse outro labirinto.

Jorge Luis Borges
Tradução de Miguel Angel Paladino

img: duzinho

Trajetória profissional

foto: Marcos Leandro
Carolina Monteiro Santos
30 anos, brasileira, solteira


(34) 3241 5001 – (34) 9167 3869
Skype: carolscuf
carolscuf@yahoo.com.br
Uberlândia, MG – Brasil



Apresentação:
Acredito e trabalho para viabilizar a possibilidade de uma comunicação poética, participativa, esteticamente cultivada e politicamente engajada. Nesse sentido, prefiro atuar em ambientes colaborativos e criativos, em que eu tenha espaço de fala e proposição e em que possa construir possibilidades não-estereotipadas e não-simplistas de comunicação em conjunto com meus colegas de trabalho. Minhas experiências profissionais me permitiram desenvolver as competências de autoria, planejamento, coordenação/execução e análise de indicadores de projetos de comunicação multimídia, sobretudo, em integração com as áreas de educação, cultura e cidadania. Atualmente, busco oportunidades profissionais em empresas estruturadas, em que eu possa profissionalizar ainda mais minhas habilidades, trabalhar com planejamento estratégico e processos definidos - passíveis de reelaboração.

Competências:
Planejamento, coordenação/execução, monitoramento e avaliação de indicadores de projetos de comunicação multimídia, sobretudo, em integração com as áreas de educação, cultura e cidadania.

Habilidades:
  • Produção de texto: sólida experiência em redação e edição de textos – matérias, relatórios, artigos
  • Comunicação multimídia: planejamento estratégico, gestão da produção, direção de arte e execução (parcial) da produção de mídias (flyer, folder, cartilha, jornal, revista, email marketing, newsletter, infográfico, podcast, vídeo, etc.)
  • Produção de conteúdo: edição intermediária de imagem, áudio e vídeo (Adobe Photoshop, Corel Draw, Audacity, Vegas Movie Studio) e editoração eletrônica básica (Adobe InDesign, Adobe Page Maker)
  • Gestão de mídias digitais: planejamento, produção de conteúdo e monitoramento de redes sociais; gestão da produção (arquitetura, wireframe, funcionalidades), produção de conteúdo multimídia, monitoramento e análise de dados de acesso e noções de SEO de sites e portais
  • Comunicação interna: fluxos de informação, canais de comunicação, noções de endomarketing
  • Comunicação institucional: assessoria de imprensa, monitoramento da imagem institucional e corporativa e gestão de crises
  • Apoio à gestão da comunicação com o mercado - contato com fornecedores, orçamento e redação publicitária




[Experiências Profissionais]

Modernize | Colégio Nacional
Uberlândia, MG
Assessora de Comunicação
10/2010 – 02/2014
A Modernize é a empresa gestora da marca Colégio Nacional, rede de escolas com projeto pedagógico baseado em uma abordagem sócio-interacionista que atua nos estados de Minas Gerais e Goiás por meio de sete unidades. Entre as principais atividades que desenvolvi para a rede, estão:
> Gestão de mídias digitais - Estruturação da atuação da instituição em redes sociais (criação da fanpage oficial da marca no Facebook, que hoje tem 45 mil fans e presença em redes sociais especializadas, como Pinterest e SoundCloud) | Planejamento, produção de conteúdo multimídia e monitoramento e análise de indicadores de redes sociais | Gestão de conteúdo para o site/portal, com produção de pautas, redação de matérias jornalísticas, edição de textos de colaboradores e coberturas | Implantação do portal www.nacionalnet.com.br, que integra cinco sites, com gestão da produção (arquitetura, wireframe, validação de funcionalidades, etc.) e produção de conteúdo | Monitoramento, avaliação de dados de acesso ao portal e conhecimento básico sobre SEO
> Concepção, gestão da produção, execução/direção de arte e produção de texto para materiais impressos e digitais (folder, cartilha, jornal, revista, banner, email marketing, etc.), newsletter, podcasts, vídeos
> Comunicação Institucional e Interna: Assessoria de Imprensa - ativa e passiva | Produção da revista comemorativa Ecos na Educação - nº 0 | Endomarketing| Estruturação da Rádio Naça - projeto piloto de rádio comunitária interna | Pré-implantação do "Com Com - Centro Multimídia de Comunicação Comunitária" via disciplina de Comunicação do Programa de Projetos Ciência e Cidadania
> Apoio à gestão de comunicação externa - Redação publicitária | Contato com fornecedores | Orçamento | Apoio e cobertura de ações com público externo
> Proposição, coordenação/execução e direção de arte para ações especiais, como a intervenção urbana "Pequenas Ações Agora", realizada a propósito do Dia Mundial do Meio Ambiente http://vimeo.com/67688382

Jornal Correio Regional
Agudos, SP
Jornalista Responsável
02/2009 – 12/2009
O Correio Regional é um semanário da cidade de Agudos, situada na região de Bauru. Minha experiência no jornal começou como repórter. Com a saída do jornalista responsável, assumi sozinha toda a publicação, permanecendo nesta função até minha entrada no mestrado. Entre as principais atividades que desenvolvi, estão:
> Pauta - Entrevista - Produção de matérias jornalísticas
> Revisão textual
> Edição
> Editoração eletrônica (com os programas Photoshop, Page maker e Corel draw)
> Fechamento do semanário
 
Fundunesp | INCOP Unesp - Bauru
Bauru, SP
Coordenadora Administrativa
04/2008 – 02/2009
Entre minhas principais realizações na INCOP/Unesp - núcleo Bauru, estão: 
> Idealização, acompanhamento e\ou execução de projetos sustentáveis de desenvolvimento local, com foco na geração de trabalho e renda
> Encaminhamento de questões administrativas e de caráter operacional
> Redação de relatórios para instituições financiadoras
> Assessoria de comunicação popular, educomunicação e educação popular
> Interlocução com poderes públicos e privados locais e com instâncias universitárias
> Interlocução com representantes da sociedade civil organizada e com instâncias regionais, estaduais e nacionais do Movimento Nnacional de Economia Solidária
> Atualização teórico-metodológica e criação do Grupo de Estudos em Ecosol
> Incubação do Grupo Agroecológico Viverde, com agricultores familiares do Assentamento Terra Nossa, em Pederneiras/SP
> Idealização, planejamento e execução do ‘Curso de Formação de Formadores em Economia Solidária’, realizado em parceria com a SEBES\Bauru
> Organização de encontros (...)

Tribal Brasil
Curitiba, PR
Assessora de Comunicação
02/2007 – 03/2008
Fui convidada para desenvolver o planejamento estratégico da comunicação com foco em investidores, consumidores e prospects brasileiros (até então, a empresa atuava apenas no mercado externo). Minhas atividades na Tribal Brasil foram:
- Implantação do primeiro site da empresa (arquitetura - direção de arte - produção de conteúdo para menus)
- Elaboração da Política de Gestão de Conteúdo do site
- Assessoria de Imprensa
- Concepção e execução de materiais impressos para divulgação (folders - flyers)

Imagexpress
Bauru, SP
Coordenadora de Projetos Editoriais
07/2006 – 03/2007
Fui convidada para estruturar o Núcleo Editorial Imagexpress, terceirizado da Editora Alto Astral. Minhas principais atividades na empresa foram:
- Idealização e execução prévia de projetos editoriais
- Apoio à produção de campanhas de mídia e redação publicitária


[Projetos Especiais]

Circuito Fora do Eixo
Bauru, SP | Uberlândia, MG
Assessora de Comunicação
01/2010 – 07/2011
O Circuito Fora do Eixo (FDE) é uma rede descentralizada de produção cultural que mobiliza colaboradores do Brasil e América Latina em favor de uma cultura independente, autoral e colaborativa. Para articular um movimento que atua em dimensões continentais, sua principal estratégia de gestão e produção é a ocupação qualitativa da Internet e a apropriação do potencial midialivrista das novas tecnologias de informação. Meu contato com a rede se deu via Enxame Coletivo, em Bauru/SP, a propósito de minha pesquisa de mestrado, e seguiu via Goma Cultural, em Uberlândia/MG. Minhas principais atividades junto ao FDE foram:
> Concepção, planejamento, coordenação/execução (entrevista - produção de texto e podcast) de coberturas colaborativas. Destaque para a coordenação do núcleo de produção colaborativa do Festival Canja – 1° Festival de Artes Integradas de Bauru, realizado pelo Enxame Coletivo em parceria com as Secretarias da Cultura, Meio Ambiente e Esportes de Bauru, que rendeu a produção de mais de 60 postagens de texto, áudio, foto e vídeo: www.canjacolaborativa.blogspot.com.br. A experiência deu origem ao portal "e-colab - Cobertura Colaborativa de Bauru" www.e-colab.blogspot.com.br.
> Planejamento estratégico da comunicação, com foco na criação situações de engajamento em redes sociais
> Assessoria de imprensa para eventos e festivais
> Implantação da frente de webrádio do coletivo Goma, com transmissões ao vivo de festas e criação de podcasts
> Criação da crítica literária "O desbunde do desbunde: Contribuições para uma reconstituição dos fatos que levaram ao Circuito Fora do Eixo" para o IV Observatório Fora do Eixo Musical "Em busca do elo perdido", espaço de reflexão promovido pelo CFE que selecionou 4 pesquisadores para problematizar o tema "A Tropicália e outros movimentos de vanguarda x O momento atual de produção cultural brasileira". A obra foi selecionada pela "Bolsa Funarte de Produção Crítica sobre Conteúdos Artísticos em Mídias Digitais/ Internet"

Rádio Unesp FM
Porto Alegre, RS | Belo Horizonte, MG | São Paulo, SP
Repórter Especial
01/2003 – 04/2004
Durante a graduação, busquei parceria da universidade para ir aos Fórum Sociais. Fui colaboradora da Rádio Unesp FM nos Fóruns Mundial de Educação (jan.2003, Porto Alegre), Social Mundial (jan.2003, Porto Alegre), Social Brasileiro (nov.2003, Belo Horizonte) e Mundial de Educação (jul.2004, São Paulo) como repórter, realizando entradas ao vivo no Jornal Opinião, registro fotográfico, entrevistas e matérias jornalísticas. O material também foi publicado no sítio do Centro de Mídia Independente Casa Macunaíma. Para saber mais sobre o projeto, acesse: http://bit.ly/1hCypQW


[Estágio]

Editora Novo Mundo
No final da graduação, fiz estágio no estúdio terceirizado da Editora Alto Astral. Minha principal atividade foi:
- Produtora de revistas (pesquisa, entrevista, texto, edição) nas áreas de culinária, artesanato, astrologia, misticismo, sonhos e sexualidade


[Formação Acadêmica]

Mestrado - Comunicação Midiática
Universidade Estadual Paulista – Unesp | Bauru, SP
03/2009 – 09/2011
Status: incompleto
Dissertação: “A comunicação popular no Circuito Fora do Eixo: práticas comunicativas fomentando relações democráticas de produção cultural associada”
Desenvolvido na linha de pesquisa "Processos Midiáticos e Práticas Socioculturais", minha pesquisa de mestrado buscou observar, de forma participativa, as práticas de comunicação da rede de produção cultural independente Circuito Fora do Eixo.

Especialização - Comunicação Popular e Comunitária
Universidade Estadual de Londrina – UEL | Londrina, PR
03/2007 – 06/2014
Status: cursando
Monografia: "Poetizar o Urbano: documento errante sobre o poético como possibilidade estética para os movimentos sociais contemporâneos"
A especialização em "Comunicação Popular e Comunitária" da UEL trata de processos comunicativos para a cidadania e a emancipação no âmbito das organizações do terceiro setor e dos movimentos sociais. Minha pesquisa para conclusão do curso versa sobre as intervenções urbanas como possibilidades estéticas da linguagem dos movimentos sociais.

Graduação – Comunicação Social | Jornalismo
Universidade Estadual paulista – Unesp | Bauru, SP
03/2001 – 12/2005
Status: concluída
Monografia: "bricolagens – contribuições para a criação de uma hipermídia popular alternativa"
Durante a graduação, além de atividades formais propostas pelas disciplinas da grade curricular, me envolvi com atividades extra-curriculares. Entre as principais, estão: o jornal laboratório Contexto - distribuído em universidades de todo o país; o Comitê Pró-Incubadora de Cooperativas Populares da Unesp; a revista experimental "O Banquete"; e a cobertura dos Fóruns Social Mundial, Mundial de Educação e Social Brasileiro, além do estágio desenvolvido em um estúdio da Editora Alto Astral. Como conclusão do curso, minha pesquisa traçou uma perspectiva histórica das práticas alternativas de comunicação no Brasil e lançou bases teóricas para uma "Hipermídia Popular".

[Idiomas]

Inglês
Status: avançado
Cursos: 2001 e 2002 - Conversation – Dafae Unesp, Bauru/SP
1997 a 2000 - High Intermediate Course – Headway Idiomas, Araguari/MG

Língua Espanhola
Status: intermediário
Curso: 1998 – Intermediário - Instituto de Ensino Carlos Drummond de Andrade, Araguari/MG

[Informática]

Ferramentas - status:
Audacity – avançado
Adobe Page Maker – avançado
Windows 7 – avançado
Adobe Photoshop – intermediário
Adobe InDesign – intermediário
Windows 8 – intermediário
Linux/Curumim - intermediário
Internet: Chrome, Mozila , Explorer, Apache – intermediário
Vegas Movie Studio - básico
Corel Draw – básico

Cursos:
Planejamento Gráfico: 2002 e 2003 – Photoshop e Page Maker – Unesp, Bauru/SP
Pacote Office - Janeiro e fevereiro de 2002 - Windows NT, Word, Excel, Power Point e Internet Explorer – CDI, Araguari/MG




[currículo Lattes]

Carolina Monteiro Santos: “Demais pesquisadores (Mestres, Graduados,Estudantes, Técnicos, etc.)"


[freelance]
Produção de textos publicitários.

www.cestosdelixeiros.com.br
Texto: Reciclagem avança com uso de lixeiras para coleta seletiva
Texto: Lixeira é alternativa mais eficaz de contenção da sujeira nas cidades

Comitê Pró-Incubadora de Cooperativas Populares da Unesp
Consultoria para empreendimentos econômico-solidários nas áreas da comunicação popular e de processos organizativos autogestionários, co-idealização e redação do projeto da Incop Unesp – Bauru, mediação do Grupo de Estudos em EcoSol.
De junho de 2005 a dezembro de 2006, em Bauru/SP.