quarta-feira, 1 de setembro de 2010

do cotidiano

'a vida cotidiana começa a nascer quando as ações e relações sociais já não se relacionam com a necessidade e a possibilidade de compreende-las e de explicita-las, ainda que por meios místicos ou religiosos; quando o resultado do que se faz não é necessariamente produto do que se quer ou do que se pensa ter feito.'

'estamos aparentemente condenados ao tempo trágico do atual e do imediato, ao tempo da falta de imaginação e da falta de esperança.' Maffesoli

'o operário que trabalha, que submete seu corpo, seus gestos, seus movimentos ao ritmo da máquina, à disciplina do processo de trabalho e ao desencontro do processo de valorização, de apropriação privada dos resultados da produção social, também dorme e sonha.'

'(...) ainda não vivem na (e a) cotidianidade, que não é a aceitação resignada da impotência de todos os dias, mas a vivencia do estranhamento mediada pela consciencia critica dessa impotencia.'

'é nas tensões do vivido que tem lugar o encontro/desencontro da vida cotidiana com a vida privada, e da vida cotidiana com a História.'

'(...) a cotidianidade é a era dominada pelo cotidiano e pela cotidianização da vida. isto é, pela fragmentação da consciência, pela manipulabilidade da consciência que não captura sua relaçao com o que Sartre define como processo de totalização em curso, na totalidade que lhe dá sentido. A cotidianidade é, justamente, o tempo em que o íntimo e o familiar são invadidos por essa dilaceração, pela percepção falseada, deformada, mutilada. o íntimo e familiar esta invadido pelo público, pela manipulação da percepçao: a televisao, o radio, portanto, pelo adverso, seu oposto.'

'(...) lefebvre não retorna, simplesmente, aos conceitos de Marx. mas à relação entre um modo de pensar e uma prática, isto é, a um projeto na práxis que define o trajeto de uma vida. o método dialético está no centro desse retorno. mas o método que foi se definindo ao longo da obra de Marx, que combina os momentos do método de investigação e do método de explicação; e que culmina com a análise inacabada sobre as classes sociais, isto é, sobre a primeira tríade: trabalho, terra e capital, ou seja, salário, renda e lucro. o pensamento de Marx não era binário, como o fez mais tarde o marxismo vulgar, e sim triadico.'


josé de souza martins

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