tag:blogger.com,1999:blog-9506732151026240502024-03-13T07:10:44.320-07:00coisas caopticasUnknownnoreply@blogger.comBlogger216125tag:blogger.com,1999:blog-950673215102624050.post-23686266266571629262014-06-21T10:33:00.001-07:002014-06-21T10:33:14.967-07:00teu segredo"Teu segredo é tão parecido contigo que nada me revela além do que já
sei. E sei tão pouco como se o teu enigma fosse eu. Assim como tu és o
meu."<br />
<br />
Clarisse<br />
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-950673215102624050.post-17047488384673448452013-09-26T15:43:00.001-07:002013-09-26T15:43:37.977-07:00sobre a caridade"Eu sou um intelectual que não tem medo de ser amoroso, eu amo as gentes e amo o mundo. E é porque amo as pessoas e amo o mundo, que eu brigo para que a justiça social se implante antes da caridade."<br />
<br />
paulo freire<br />
<div>
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-950673215102624050.post-75086815553819373392013-09-26T11:09:00.000-07:002013-09-26T11:10:17.467-07:00 o tesouro mais precioso que temos<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/zsOGZKRVqHQ" width="420"></iframe>
<br />
<br />
"é possível falar de solidariedade e que 'estamos todos juntos' em uma economia baseada na concorrência impiedosa? até onde chega a nossa fraternidade?<br />
<br />
a grande crise não é ecológica, é política.<br />
<br />
não se trata de retornar para os dias do homem das cavernas ou ter um 'monumento ao atraso' mas não podemos continuar indefinidamente sendo governados pelo mercado. e, sim, temos de governar o mercado.<br />
<br />
pobre não é o que tem pouco, mas o que necessita de infinitamente muito e deseja e deseja mais e mais.<br />
<br />
mas devemos perceber que a crise da água e a agressão ao meio ambiente não são a causa. a causa é o modelo de civilização que nós construímos. e nos temos que rever o nosso modo de vida.<br />
<br />
meus amigos trabalhadores lutaram arduamente para conquistar direito às máximas 8 horas de trabalho. e agora estão conseguindo o direito às 6 horas. mas aqueles que conseguiram 6 horas precisam agora ter dois empregos, portanto, trabalham mais do que antes porque? porque têm que pagar uma infinidade de contas. a motocicleta que comprou, o automóvel que comprou e para contas e paga contas. e quando quer acordar, é um velho reumático como eu. e se passou a vida. e um se fará esta pergunta: este é o sentido da vida humana? essas coisas que digo são muito elementares. o desenvolvimento não pode ir contra a felicidade. tem que ser a favor da felicidade humana, do amor ao planeta, às relações humanas, do amor aos filhos, de ter amigos, de ter o elementar. precisamente, porque este é o tesouro mais precioso que temos."<br />
<br />
josé pepe mojica, presidente do uruguay, na Rio +20 - 2012<br />
<br />
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-950673215102624050.post-62931502239197756572013-01-15T12:35:00.000-08:002013-01-15T12:36:34.907-08:00Presença<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-0QDrL9ZR0qQ/UPW9ekmiajI/AAAAAAAAA8c/yhex3Uq3FrI/s1600/383275_420653917991763_1963837310_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://4.bp.blogspot.com/-0QDrL9ZR0qQ/UPW9ekmiajI/AAAAAAAAA8c/yhex3Uq3FrI/s320/383275_420653917991763_1963837310_n.jpg" width="306" /></a></div>
<br />
É preciso que a saudade desenhe tuas linhas perfeitas,<br />
teu perfil exato e que, apenas levemente, o vento<br />
das horas ponha um frêmito em teus cabelos...<br />
É preciso que a tua ausência trescale<br />
sutilmente no ar, a trevo machucado,<br />
as folhas de alecrim desde há muito guardadas<br />
não se sabe por quem nalgum móvel antigo...<br />
Mas é preciso, também, que seja como abrir uma janela<br />
e respirar-te, azul e luminosa, no ar.<br />
É preciso a saudade para eu sentir<br />
como sinto - em mim - a presença misteriosa da vida...<br />
Mas quando surges és tão outra e múltipla e imprevista<br />
que nunca te pareces com o teu retrato...<br />
E eu tenho de fechar meus olhos para ver-te.<br />
<br />
quintanaUnknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-950673215102624050.post-89838782003728207052012-11-30T05:28:00.001-08:002012-11-30T06:08:32.458-08:00músicas de alegria & melancolia<div style="text-align: center;">
<object classid="clsid:D27CDB6E-AE6D-11cf-96B8-444553540000" height="250" id="gsPlaylist2498358238" name="gsPlaylist2498358238" width="250"><param name="movie" value="http://grooveshark.com/widget.swf" /><param name="wmode" value="window" /><param name="allowScriptAccess" value="always" /><param name="flashvars" value="hostname=grooveshark.com&playlistID=24983582&p=0" /><object type="application/x-shockwave-flash" data="http://grooveshark.com/widget.swf" width="250" height="250"><param name="wmode" value="window" /><param name="allowScriptAccess" value="always" /><param name="flashvars" value="hostname=grooveshark.com&playlistID=24983582&p=0" /><span><a href="http://grooveshark.com/search/playlist?q=m%C3%BAsicas%20de%20alegria%20%26%20melancolia%20carolina%20monteiro" title="músicas de alegria & melancolia by carolina monteiro on Grooveshark">músicas de alegria & melancolia by carolina monteiro on Grooveshark</a></span></object></object></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-950673215102624050.post-86361740073958986732012-07-12T13:50:00.002-07:002012-07-12T13:50:28.897-07:00i think of how unhappy these things would make me and then im free<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-TiJeKx6fLIk/T_84fpA22nI/AAAAAAAAA6c/KQ8_SIHRr8c/s1600/untitleds.bmp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img $ca="true" border="0" height="242" src="http://4.bp.blogspot.com/-TiJeKx6fLIk/T_84fpA22nI/AAAAAAAAA6c/KQ8_SIHRr8c/s400/untitleds.bmp" width="400" /></a></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-950673215102624050.post-50930291909504134282012-01-19T11:39:00.000-08:002012-11-30T05:20:53.152-08:00I'll Try Anything Once<div align="center">
<iframe frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/zcze-UD1D4w" width="420"></iframe></div>
<br />
<br />
Ten decisions shape your life<br />
You'll be aware of five about<br />
Seven ways to go trough school<br />
either you're noticed or left out<br />
Seven ways to get ahead<br />
Seven reasons to drop by<br />
<br />
And I say, I can see me in your eyes<br />
You said, i can see you in my bed<br />
That's not just friendship, that's romance too<br />
You like music, we can dance to<br />
<br />
Sit me down<br />
Shut me up<br />
I'll calm down<br />
And I'll get along with you<br />
<br />
There is a time when we all fail<br />
Some people take it pretty well<br />
some take it all out on themselves<br />
Some, they just take it out on friends<br />
Oh everybody plays the game<br />
And if you don't, you're called insane<br />
<br />
Don don don don't it's not safe no more<br />
I've got to see you one more time<br />
Soon, you were born in 1984<br />
<br />
Sit me down<br />
Shut me up<br />
I'll calm down<br />
and I'll get along with you<br />
<br />
Everybody was well dressed<br />
Everybody was a mess<br />
Six things without fail you must do<br />
so that your woman loves just you<br />
Oh all the girl played mental games<br />
and all the guys were dressed the same<br />
<br />
why not try it all?<br />
if you'll only remember it once<br />
<br />
<br />
Sit me down<br />
Shut me up<br />
I'll calm down<br />
And i'll get along with you<br />
<br />
Ok, one more time.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-950673215102624050.post-59019596093883368232012-01-11T10:09:00.001-08:002012-01-11T10:14:21.007-08:00elogio à vagareza (para poucos)<a href="http://2.bp.blogspot.com/-BCjqufE0jMI/Tw3QxftRwMI/AAAAAAAAA6I/lwQI1HtboVI/s1600/308573_312774962083283_100000523447053_1126971_1369713599_n.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 300px;" src="http://2.bp.blogspot.com/-BCjqufE0jMI/Tw3QxftRwMI/AAAAAAAAA6I/lwQI1HtboVI/s400/308573_312774962083283_100000523447053_1126971_1369713599_n.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5696438652437119170" border="0" /></a><br /><div style="text-align: justify;"><br />eu sou O CARA QUE CHEGA PRA TOMAR CAFÉ BEM NO MEIO DA HORA DO ALMOÇO. mais do que querer um pão limpo numa chapa cheia de bifes medidos, ou a atenção de uma média clara e bem tirada do cara que está no modo servir um monte de sanduíches e salgados sórdidos pros apressadinhos, o que nos opõe é meu olhar de desprezo por quem ALMOÇA NA HORA DO ALMOÇO, porque (NÃO) ACORDOU NA HORA EM QUE TODO MUNDO (N<span class="text_exposed_show">ÃO) ACORDA. de trás da minha média (razoável o suficiente para recriar a manhã), eu olho o mundo e essa cambada de almoçadores ao meio-dia não com pena, mas com raiva por eles serem assim tão lamentavelmente sincronizados, poluindo as ruinas onde moro com a FALÁCIA DE QUE O MUNDO AINDA NÃO ACABOU. e então estico a manhã mais ainda, até o meio da tarde, para começar o dia olhando o congestionamento zumbi, os ternos suados e os cérebros derretendo de cima. um citadino com cotidiano de camponês vive no pior de dois mundos, aquele onde se planta dinheiro e se colhe faustão (NÃO HAVIA UM ANTICRISTO MAIS EMOCIONANTE?), aquele que não serve pra nada. quando a muvuca acaba, e os primeiros humanos não-sincronizados começam a surgir, progressivamente mais barulhentos (putas, emos, policiais de elite), agradeço a MALUF por, em seu delírio, ter construído as ruínas onde habito e as que delineiam o horizonte, e finalmente penetro no paradoxo. (os sincronizados rolam na cama, preparando-se para o momento em que [não] acordarão e se arrastarão para fora de novo, de novo, de novo, de novo). EU ACARICIO OS PÉS DE UMA NIFETA EM SONHO. quando levanto, sorrindo, eu sou O CARA QUE CHEGA PRA TOMAR CAFÉ BEM NO MEIO DA HORA DO ALMOÇO. de trás da média (razoável o suficiente), eu esboço um meio sorriso. afinal sou bem sortudo, um daqueles que o supremo roteirista escolheu para escapar de ser zumbi neste filme.</span><br /><br /><span class="text_exposed_show"></span> <br /><span class="text_exposed_show">por alex antunes</span><br /><br />img: <span class="st"><em>Les</em> Cités Obscures</span><b></b>, de Benoît Peeters e François Schuiten<br /><span class="text_exposed_show"></span></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-950673215102624050.post-11275164093721947902011-11-27T16:53:00.000-08:002011-11-27T16:56:19.532-08:00st mary<div style="text-align: center;"><iframe src="http://www.youtube.com/embed/POCzcpA78zs" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" width="420"></iframe><br /></div><br /><br />Blanket me sweet nurse<br />And keep me from burnin'<br />I must get back to the woods dear girls<br />I must get back to the woods<br /><br />In the bloody elevator<br />Rising for their first cup of tea of the day<br />When does sky turn into space<br />And air into wind?<br /><br />The only things I really need<br />Is water, a gun, and rabbits<br />Let me rest my fevered cheek<br />Upon your warm sweet bellies<br /><br />In the bloody elevator going to the bright theater now<br />Come on boys<br />Please let me taste the clean dirt in my lungs<br />And moss on my backUnknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-950673215102624050.post-11356138137451795832011-11-27T16:43:00.000-08:002011-11-27T16:59:41.942-08:00joshua<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/-MBmDm56tOY8/TtLapjLA8yI/AAAAAAAAA58/VxsRHUVpBgE/s1600/joshu.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 221px; height: 400px;" src="http://3.bp.blogspot.com/-MBmDm56tOY8/TtLapjLA8yI/AAAAAAAAA58/VxsRHUVpBgE/s400/joshu.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5679842487418549026" border="0" /></a><br /><a href="http://conradroset.blogspot.com"><br />http://conradroset.blogspot.com</a>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-950673215102624050.post-69665001961751631572011-11-08T10:48:00.000-08:002011-11-08T11:00:25.599-08:00Os Três Mal-Amados<a href="http://3.bp.blogspot.com/-lu7N-2dDg6U/Trl8MqRdDJI/AAAAAAAAA5w/QEXLGkDWM_Q/s1600/1268619812548566_large.png"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 283px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5672701762597620882" border="0" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/-lu7N-2dDg6U/Trl8MqRdDJI/AAAAAAAAA5w/QEXLGkDWM_Q/s400/1268619812548566_large.png" /></a><br /><br />Joaquim: <br /><div><br /><div></div><br /><br /><div>O amor comeu meu nome, minha identidade, meu retrato. O amor comeu minha certidão de idade, minha genealogia, meu endereço. O amor comeu meus cartões de visita. O amor veio e comeu todos os papéis onde eu escrevera meu nome.<br /><br />O amor comeu minhas roupas, meus lenços, minhas camisas. O amor comeu metros e metros de gravatas. O amor comeu a medida de meus ternos, o número de meus sapatos, o tamanho de meus chapéus. O amor comeu minha altura, meu peso, a cor de meus olhos e de meus cabelos.<br /><br />O amor comeu meus remédios, minhas receitas médicas, minhas dietas. Comeu minhas aspirinas, minhas ondas-curtas, meus raios-X. Comeu meus testes mentais, meus exames de urina.<br /><br />O amor comeu na estante todos os meus livros de poesia. Comeu em meus livros de prosa as citações em verso. Comeu no dicionário as palavras que poderiam se juntar em versos.<br /><br />Faminto, o amor devorou os utensílios de meu uso: pente, navalha, escovas, tesouras de unhas, canivete. Faminto ainda, o amor devorou o uso de meus utensílios: meus banhos frios, a ópera cantada no banheiro, o aquecedor de água de fogo morto mas que parecia uma usina.<br /><br />O amor comeu as frutas postas sobre a mesa. Bebeu a água dos copos e das quartinhas. Comeu o pão de propósito escondido. Bebeu as lágrimas dos olhos que, ninguém o sabia, estavam cheios de água.<br /><br />O amor voltou para comer os papéis onde irrefletidamente eu tornara a escrever meu nome.<br /><br />O amor roeu minha infância, de dedos sujos de tinta, cabelo caindo nos olhos, botinas nunca engraxadas. O amor roeu o menino esquivo, sempre nos cantos, e que riscava os livros, mordia o lápis, andava na rua chutando pedras. Roeu as conversas, junto à bomba de gasolina do largo, com os primos que tudo sabiam sobre passarinhos, sobre uma mulher, sobre marcas de automóvel.<br /><br />O amor comeu meu Estado e minha cidade. Drenou a água morta dos mangues, aboliu a maré. Comeu os mangues crespos e de folhas duras, comeu o verde ácido das plantas de cana cobrindo os morros regulares, cortados pelas barreiras vermelhas, pelo trenzinho preto, pelas chaminés. Comeu o cheiro de cana cortada e o cheiro de maresia. Comeu até essas coisas de que eu desesperava por não saber falar delas em verso.<br /><br />O amor comeu até os dias ainda não anunciados nas folhinhas. Comeu os minutos de adiantamento de meu relógio, os anos que as linhas de minha mão asseguravam. Comeu o futuro grande atleta, o futuro grande poeta. Comeu as futuras viagens em volta da terra, as futuras estantes em volta da sala.<br /><br />O amor comeu minha paz e minha guerra. Meu dia e minha noite. Meu inverno e meu verão. Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte.<br /><br /><br />João Cabral<br /><br /><br />"Os Três Mal-Amados", em "João Cabral de Melo Neto - Obras Completas", Editora Nova Aguilar S.A. - Rio de Janeiro, 1994. </div></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-950673215102624050.post-79128797637805560042011-10-25T05:51:00.000-07:002011-10-25T06:11:57.479-07:00imbecil<a href="http://4.bp.blogspot.com/-Z-Gv97Poxws/TqaxQCwLOrI/AAAAAAAAA5Y/R2p16B8Ro3s/s1600/the_science_of_sleep_official_movie.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 300px; DISPLAY: block; HEIGHT: 225px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5667412070267304626" border="0" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/-Z-Gv97Poxws/TqaxQCwLOrI/AAAAAAAAA5Y/R2p16B8Ro3s/s400/the_science_of_sleep_official_movie.jpg" /></a> <br /><br /><div>"A poesia está guardada nas palavras – é tudo que eu sei.<br />Meu fado é o de não saber quase tudo.<br />Sobre o nada eu tenho profundidades.<br />Não tenho conexões com a realidade.<br />Poderoso para mim não é aquele que descobre ouro.<br />Para mim poderoso é aquele que descobre as<br />insignificâncias ( do mundo e as nossas ).<br />Por essa pequena sentença me elogiaram de imbecil.<br />Fiquei emocionado e chorei.<br />Sou fraco pra elogios".<br /><br />Manoel de Barros</div><br /><div></div><br /><br /><br /><div>a proposito do video: #OcupaRio</div>via Edinardo Lucas <br /><br /><div></div><br />img: The Science os SleepUnknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-950673215102624050.post-1176715151519715442011-10-24T12:50:00.000-07:002011-10-24T12:52:47.065-07:00esperança<a href="http://4.bp.blogspot.com/-ZwZmRfNz2gA/TqXB3n5GsOI/AAAAAAAAA5M/NssxUQitxN8/s1600/216362_1793578711488_1000276330_31645165_1913511_n.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 311px; DISPLAY: block; HEIGHT: 400px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5667148867461099746" border="0" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/-ZwZmRfNz2gA/TqXB3n5GsOI/AAAAAAAAA5M/NssxUQitxN8/s400/216362_1793578711488_1000276330_31645165_1913511_n.jpg" /></a><br /><br />"O que faz da esperança um prazer tão intenso é que o futuro, que está à nossa disposição, nos surge, ao mesmo tempo, sob uma imensidão de formas igualmente risonhas, igualmente possíveis. Ainda que a mais desejada se realize, é preciso sacrificar as outras, e teremos perdido muito. A ideia do futuro, prenhe de uma infinidade de possiveis, é, pois, mais fecunda do que o próprio futuro, e é por isso que há mais encanto na esperança do que na posse, no sonho do que na realidade."<br /><br />Henri Bergson, Ensaio sobre os dados imediatos da consciência.<br /><br />roubado do Saulo Nogueira Schwartzmann<br />(me lembrou rubem alves :)Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-950673215102624050.post-22411815925058709862011-10-05T12:06:00.000-07:002011-10-05T12:10:28.571-07:00Do amor (3)<div align="justify"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-_F1RWbDs58A/ToyrEWcMiII/AAAAAAAAA5E/LiubuJjy6ns/s1600/tumblr_lgjb528f931qa70eyo1_500.png"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 305px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5660086922929539202" border="0" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/-_F1RWbDs58A/ToyrEWcMiII/AAAAAAAAA5E/LiubuJjy6ns/s400/tumblr_lgjb528f931qa70eyo1_500.png" /></a><br />Que é que eu penso do amor? — Em suma não penso nada. Bem que eu gostaria de saber o que é, mas estando do lado de dentro, eu o vejo em existência, não em essência. O que quero conhecer - o amor - é exatamente a matéria que uso para falar - o discurso amoroso. A reflexão me é certamente permitida, mas essa reflexão é logo incluída na sucessão das imagens, ela não se torna nunca reflexividade: excluído da lógica - que supõe linguagens exteriores umas as outras - não posso pretender pensar bem. Do mesmo modo, mesmo que eu discorresse sobre o amor durante um ano, só poderia esperar pegar o conceito "pelo rabo": por flashes, fórmulas, surpresas de expressão, dispersos pelo grande escoamento do Imaginário. Estou no mau lugar do amor, que é seu lugar iluminado: 'O lugar mais sombrio...' - diz um provérbio chinês - 'é sempre embaixo da lâmpada.'<br /><br />Barthes, em Fragmentos de um Discurso Amoroso </div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-950673215102624050.post-62748553532443170372011-08-16T13:54:00.000-07:002011-08-16T13:58:14.371-07:00boiam leves, desatentos<a href="http://3.bp.blogspot.com/-6P2O2aFkpaY/TkrZycAh-9I/AAAAAAAAA4s/1MJwut-OWNY/s1600/allyson_personagem.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 271px;" src="http://3.bp.blogspot.com/-6P2O2aFkpaY/TkrZycAh-9I/AAAAAAAAA4s/1MJwut-OWNY/s400/allyson_personagem.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5641560943770074066" /></a>
<br />
<br />Boiam leves, desatentos
<br />Meus pensamentos de magoa,
<br />como no sono dos ventos,
<br />As algas, cabelos lentos
<br />
<br />Do corpo morto das aguas.
<br />Boiam como folhas mortas,
<br />A tona de aguas paradas.
<br />São coisas vestindo nadas,
<br />
<br />Pós remoinhando nas portas
<br />Das casas abandonadas.
<br />Sono de ser, sem remadio,
<br />
<br />vestigio do que não foi,
<br />Leve mágoa, breve tédio,
<br />Não sei se para, se flui;
<br />Não sei se existe ou se dói.
<br />
<br />
<br />Fernando
<br />
<br />roubado da teté
<br />
<br />img: biel carpenterUnknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-950673215102624050.post-36027888347350921652011-07-28T14:20:00.000-07:002011-07-28T14:30:29.328-07:00lonely<a href="http://1.bp.blogspot.com/-aoRm2kljzP4/TjHT6ZyMWAI/AAAAAAAAA4k/Biy_M9YHBkA/s1600/PQAAAFhonYaBEmE8t1QukYMCOUuI9patatSXGFZHbaYqwX26pX_qjAMSYzeKnbtvhDuvkt3VGHCar7dKGnFThefT4X0Am1T1UMFOdBZpimuN3VraZzHRPosfvTpR.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 265px;" src="http://1.bp.blogspot.com/-aoRm2kljzP4/TjHT6ZyMWAI/AAAAAAAAA4k/Biy_M9YHBkA/s400/PQAAAFhonYaBEmE8t1QukYMCOUuI9patatSXGFZHbaYqwX26pX_qjAMSYzeKnbtvhDuvkt3VGHCar7dKGnFThefT4X0Am1T1UMFOdBZpimuN3VraZzHRPosfvTpR.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5634517609124485122" /></a><br /><div align="justify"><br />. é impossivel, percebo eu, penetrar a solidao de alguém. se é verdade que podemos conhecer outro ser humano, mesmo que em grau reduzido, é apenas na medida em que ele deseja se deixar conhecer... onde tudo é intravavel, tudo é hermético e evasivo, nao se pode fazer mais que observar. mas se há possibilidade de deduzir algo do que se obeserva, é um assunto completamente diferente. nao quero deduzir nada.<br /><br />paul auster<br /><br />roubado da stelinha</div><br /><br />img: margot & richie, dos excentricos tenembauns - wes andersonUnknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-950673215102624050.post-80604011776355078862011-07-28T14:12:00.000-07:002011-07-28T14:15:00.030-07:00your life is your life<div align="center"><iframe height="349" src="http://www.youtube.com/embed/va1t6a0zCkQ" frameborder="0" width="425"></iframe><br /></div><br /><div align="left"><br />your life is your life<br />don’t let it be clubbed into dank submission.<br />be on the watch.<br />there are ways out.<br />there is a light somewhere.<br />it may not be much light but<br />it beats the darkness.<br />be on the watch.<br />the gods will offer you chances.<br />know them.<br />take them.<br />you can’t beat death but<br />you can beat death in life, sometimes.<br />and the more often you learn to do it,<br />the more light there will be.<br />your life is your life.<br />know it while you have it.<br />you are marvelous<br />the gods wait to delight<br />in you.</div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left">charles</div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left">roubado da ana carolina n.</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-950673215102624050.post-44828007405508680342011-07-08T11:49:00.000-07:002011-07-08T11:53:00.277-07:00lonely<a href="http://4.bp.blogspot.com/-u2xEuL2lbE4/ThdR3wc_kdI/AAAAAAAAA4M/UogycJtuZDg/s1600/tumblr_l68kljzWql1qzzh6g.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 225px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5627056277763887570" border="0" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/-u2xEuL2lbE4/ThdR3wc_kdI/AAAAAAAAA4M/UogycJtuZDg/s400/tumblr_l68kljzWql1qzzh6g.jpg" /></a><br /><br /><div>"O que muito o desassossegava era não achar por ali outro ermitão que o confessasse..."<br /></div><br /><div>dom quixote</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-950673215102624050.post-79978361471198006872011-07-08T11:19:00.000-07:002011-07-08T11:23:47.986-07:00fading parade2011<br /><br />the last one, by the papercuts<br /><br />get down:<br /><br /><a href="http://www.mediafire.com/?afa6up7rkxbkko9"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 371px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5627048086101846994" border="0" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/-VY4-xgN-ICg/ThdKa8Ika9I/AAAAAAAAA30/XhkyMnF4mh4/s400/8291.jpg" /></a>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-950673215102624050.post-34106554528060387952011-06-29T16:32:00.001-07:002011-07-08T11:40:01.660-07:00del chifre's beachcomo eu queria ter coragem.<br />nesta terça feira às 20h17 à beira do abismo.<br /><br /><a href="http://3.bp.blogspot.com/-wAytSwsyFXU/ThdOpmq7IxI/AAAAAAAAA4E/wROzWz6PW5s/s1600/ryanthomaskenny_03.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 271px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5627052736084910866" border="0" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/-wAytSwsyFXU/ThdOpmq7IxI/AAAAAAAAA4E/wROzWz6PW5s/s400/ryanthomaskenny_03.jpg" /></a>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-950673215102624050.post-17817845668347582272011-06-17T08:43:00.000-07:002011-06-17T08:46:48.569-07:00bom dia<a href="http://4.bp.blogspot.com/-PvYWMifxaZI/Tft22x37gPI/AAAAAAAAA3s/4jtbrTA7_dg/s1600/february2011outthewindow10.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 326px;" src="http://4.bp.blogspot.com/-PvYWMifxaZI/Tft22x37gPI/AAAAAAAAA3s/4jtbrTA7_dg/s400/february2011outthewindow10.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5619215643547762930" /></a><br /><br />bom dia <br />vou passando <br />semaforo<br /> <br />um gole de cafe<br />bom dia<br />essas vitrines<br />olho<br />renda de arvores<br />caminho mais um pouco<br /> <br />parada de onibus<br />avanço <br />percorro <br />procuro mais <br />o caminho vai chegando no final<br /> <br />olho atento <br />um lado <br />depois o outro<br />atravesso<br /> <br />o lixo na calçada<br />olho para o ceu <br /> <br />o sol so luz <br />um pouco frio<br />ajeito o casaco <br /> <br />esfrego o olho <br />mais um pouco de cafe<br />sera?<br /> <br />bom dia<br /> <br />aonde voce se esconde <br />em um pedaço onde nao pude observar<br />acho que vi voce passar<br />nao podia ser<br />estava muito longe<br />era voce?<br /> <br />parecia muito <br /> <br />todas as manhas sao parecidas<br />poucos pensamentos <br />se acostumando com o peso do corpo <br /> <br />de novo<br /> <br />sempre te vejo passar <br />por ali ou por aqui<br />la do outro lado <br /> <br />sempre me afirmo <br />era ela <br />pergunto <br />podia ate ser ?<br /> <br />mas na verdade <br />eu estou ainda dormindo<br />essa e a verdade<br />apenas caminho<br />mas tudo nao passa<br />de um sonho <br /> <br />nessas ruas<br />fico a imaginar <br />na fila <br />na calçada<br />encostada no muro<br />ohando as horas<br />de amarelo<br /> <br />bem q podia ser <br />voce me sorrir <br />reconhecer<br />e depois acenar<br /><br /><br />leandro monteiro, meu irmaoUnknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-950673215102624050.post-65928679060911946712011-06-02T12:03:00.000-07:002011-10-17T12:54:18.589-07:00ricardo cavolo<a href="http://2.bp.blogspot.com/-J7nKb9ERhBY/Tefgf6jp5II/AAAAAAAAA2Q/YKflr8xyxhI/s1600/cavolo%2527s%2Bheart.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 282px; DISPLAY: block; HEIGHT: 400px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5613702299439981698" border="0" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/-J7nKb9ERhBY/Tefgf6jp5II/AAAAAAAAA2Q/YKflr8xyxhI/s400/cavolo%2527s%2Bheart.jpg" /></a><br /><br /><br /><div><a href="http://3.bp.blogspot.com/-InER_4c5HK8/TefhhRrEbdI/AAAAAAAAA3A/bAJOdDLWukY/s1600/208682_166966590024099_166960370024721_364312_4620754_n.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 274px; DISPLAY: block; HEIGHT: 400px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5613703422336593362" border="0" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/-InER_4c5HK8/TefhhRrEbdI/AAAAAAAAA3A/bAJOdDLWukY/s400/208682_166966590024099_166960370024721_364312_4620754_n.jpg" /></a><br /><br /><div><br /><div><br /><div><br /><div><a href="http://4.bp.blogspot.com/-hMRCKUED654/TefhLlUIraI/AAAAAAAAA2g/u4cTM3yNXqg/s1600/207132_166967736690651_166960370024721_364398_2522434_n.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 400px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5613703049651989922" border="0" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/-hMRCKUED654/TefhLlUIraI/AAAAAAAAA2g/u4cTM3yNXqg/s400/207132_166967736690651_166960370024721_364398_2522434_n.jpg" /></a> </div><br /><br /><br /><div></div><a href="http://3.bp.blogspot.com/-g3fMqybxrUg/TefhlKCJXlI/AAAAAAAAA3I/_TS0UXnumiM/s1600/221945_171186699602088_166960370024721_390791_2487947_n.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 400px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5613703489005379154" border="0" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/-g3fMqybxrUg/TefhlKCJXlI/AAAAAAAAA3I/_TS0UXnumiM/s400/221945_171186699602088_166960370024721_390791_2487947_n.jpg" /></a></div></div></div></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-950673215102624050.post-56812654876786457972011-06-02T11:45:00.000-07:002011-06-02T11:48:49.352-07:00um supremíssimo cansaço<a href="http://4.bp.blogspot.com/-1RqQxonCuRQ/Tefa_sJ8jcI/AAAAAAAAA2I/4y-Hy4_CcM4/s1600/march2011debbiecarlos2.png"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 264px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5613696248260103618" border="0" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/-1RqQxonCuRQ/Tefa_sJ8jcI/AAAAAAAAA2I/4y-Hy4_CcM4/s400/march2011debbiecarlos2.png" /></a><br />O que há em mim é sobretudo cansaço<br />Não disto nem daquilo,<br />Nem sequer de tudo ou de nada:<br />Cansaço assim mesmo, ele mesmo,<br />Cansaço.<br /><br />A subtileza das sensações inúteis,<br />As paixões violentas por coisa nenhuma,<br />Os amores intensos por o suposto alguém.<br />Essas coisas todas -<br />Essas e o que faz falta nelas eternamente;<br />Tudo isso faz um cansaço,<br />Este cansaço,<br />Cansaço.<br /><br />Há sem dúvida quem ame o infinito,<br />Há sem dúvida quem deseje o impossível,<br />Há sem dúvida quem não queira nada -<br />Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:<br />Porque eu amo infinitamente o finito,<br />Porque eu desejo impossivelmente o possível,<br />Porque eu quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,<br />Ou até se não puder ser…<br /><br />E o resultado?<br />Para eles a vida vivida ou sonhada,<br />Para eles o sonho sonhado ou vivido,<br />Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto…<br />Para mim só um grande, um profundo,<br />E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,<br />Um supremíssimo cansaço.<br />Íssimo, íssimo. íssimo,<br />Cansaço<br /><br /><br />álvaro<br /><br />poema roubado da ericôUnknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-950673215102624050.post-78694292928902963782011-05-11T18:45:00.000-07:002011-05-13T13:28:41.807-07:00escif<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/-q_Pg0oZ-ixg/Tcs72M9moQI/AAAAAAAAA14/sz1EB1Sfovg/s1600/escif_06.jpg"><br /></a><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/-cC7b3QNLGh8/Tcs7rgLDYEI/AAAAAAAAA1w/dC8PE_nKKE0/s1600/escif_05.jpg"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 358px; height: 482px;" src="http://3.bp.blogspot.com/-cC7b3QNLGh8/Tcs7rgLDYEI/AAAAAAAAA1w/dC8PE_nKKE0/s400/escif_05.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5605639779749421122" border="0" /></a>Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-950673215102624050.post-2316519159188403802011-04-28T13:28:00.000-07:002011-05-09T17:54:33.001-07:00fragmentos de um discurso amoroso<div align="justify"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-5wzu0RNhz90/TbnQguhtI_I/AAAAAAAAA1g/3h2Tc2QlekA/s1600/snoopy___by_Erinka.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 284px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5600736872275715058" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/-5wzu0RNhz90/TbnQguhtI_I/AAAAAAAAA1g/3h2Tc2QlekA/s400/snoopy___by_Erinka.jpg" border="0" /></a><br /><br /><br /><div align="justify">“A necessidade desse livro se apóia na seguinte consideração: o discurso amoroso é hoje em dia de uma extrema solidão.”<br />Roland Barthes<br /></div></div><br /><div align="justify"><br /><br /><div align="justify"><strong>fragmentos:</strong><br /><br /></div><br /><p align="justify">“Encontro pela vida milhões de corpos; desses milhões posso desejar centenas; mas dessas centenas, amo apenas um. O outro pelo qual estou apaixonado me designa a especialidade do meu desejo. Esta escolha, tão rigorosa que só retém o Único, estabelece, por assim dizer, a diferença entre a transferência analítica e a transferência amorosa; uma é universal, a outra é específica. Foram precisos muitos acasos, muitas coincidências surpreendentes (e talvez muitas procuras), para que eu encontre a Imagem que, entre mil, convém ao meu desejo. Eis o grande enigma do qual nunca terei a solução: por que desejo esse? Por que o desejo por tanto tempo, languidamente? É ele inteiro que desejo (uma silhueta, uma forma, uma aparência)? Ou apenas uma parte desse corpo? E, nesse caso, o que nesse corpo amado tem a tendência de fetiche em mim? Que porção, talvez incrivelmente pequena, que acidente? O corte de uma unha, um dente um pouquinho quebrado obliquamente, uma mecha, uma maneira de fumar afastando os dedos para falar? De todos esses relevos do corpo tenho vontade de dizer que são adoráveis. Adorável quer dizer: este é o meu desejo, tanto que único: “É isso! Exatamente isso (que amo)!” No entanto, quanto mais experimento a especialidade do meu desejo, menos posso nomeá-la; à precisão do alvo corresponde um estremecimento do nome; o próprio do desejo não pode produzir senão um impróprio do enunciado: deste fracasso da linguagem, só resta um vestígio: a palavra “adorável” (a boa tradução de “adorável” seria ipse latino: é ele, ele mesmo em pessoa)."<br /><br />"Como termina um amor? - O quê? Termina? Em suma ninguém - exceto os outros - nunca sabe disso; uma espécie de inocência mascara o fim dessa coisa concebida, afirmada, vivida como se fosse eterna. O que quer que se torne objeto amado, quer ele desapareça ou passe à região da Amizade, de qualquer maneira, eu não o vejo nem mesmo se dissipar: o amor que termina se afasta para um outro mundo como uma nave espacial que deixa de piscar: o ser amado ressoava como um clamor, de repente ei-lo sem brilho (o outro nunca desaparece quando e como se esperava). Esse fenômeno resulta de uma imposição do discurso amoroso: eu mesmo (sujeito enamorado) não posso construir até o fim de minha história de amor: sou o poeta (o recitante apenas do começo); o final dessa história, assim como a minha própria morte, pertence aos outros; eles que escrevam romance, narrativa exterior, mítica."<br /><br />“Ajo sempre – teimo em agir, não importa o que me digam nem quais sejam meus próprios desencorajamentos, como se o amor pudesse um dia me fazer transbordar, como se o Bem Supremo fosse possível. Daí essa curiosa dialética que permite que o amor absoluto suceda sem embaraço ao amor absoluto, como se, através do amor, eu tivesse acesso a uma outra lógica (o absoluto não sendo obrigatoriamente o único), a um outro tempo (de amor em amor vivo instantes verticais), a uma outra música (esse som sem memória, sem construção, esquecido daquilo que o precede e o segue, esse som é em si mesmo musical). Procuro, começo, tento, vou mais longe, corro, mas nunca sei que acabo: não se diz da Fênix que ela morre, mas apenas que renasce (posso então renascer sem morrer?)” (Werther/Goethe)<br /><br />“A errância amorosa tem seus lados cômicos: parece um balé, mais ou menos rápido conforme a velocidade do sujeito infiel; mas é Wagner também uma grande ópera. O Holandês maldito é condenado a errar sobre o mar até encontrar uma mulher de uma fidelidade eterna. Sou esse Holandês Voador; não posso parar de errar (de amar) por causa de uma antiga marca que me destinou, nos tempos remotos da minha infância profunda, ao deus Imaginário, que me afligiu de uma compulsão de fala que me leva a dizer “Eu te amo”, de escala em escala, até que qualquer outro escolha essa fala e a devolva a mim; mas ninguém pode assumir a resposta impossível (que completa de uma forma insustentável), e a errância continua.” (Benjamin Constant)<br /><br />“Ao longo de uma vida, todos os “fracassos” de amor se parecem (pudera: procedem todos da mesma falha). X... e Y... não souberam (puderam, quiseram) responder ao meu “pedido”, aderir à minha “verdade”; não mexeram uma vírgula do seu sistema; para mim, um não fez senão repetir o outro. E, entretanto, X... e Y... são incomparáveis; é da diferença entre eles, modelo de uma diferença infinitamente reconduzida, que retiro a energia para Benjamin recomeçar. A “mutabilidade perpétua” (in inconstantia constans)<br />Constant que me anima, longe de esmagar todos aqueles que encontro sob um mesmo tipo funcional (não responder ao meu pedido), desloca com violência seu falso ponto em comum: a errância não iguala, faz mudar de cor: o que volta é a nuance. É assim que vou até o fim da tapeçaria, de uma nuance a outra (a nuance é esse último estado da cor que não pode ser nomeado; a nuance é o Intratável).” (R.S.B.)<br /><br />"Tento recordar teu rosto, nome. Curioso, como às vezes nos escapam os traços da pessoa amada. Situo-te num passado já distante. Não te imagino num presente. De ti resta-me o que foste comigo. E foste-me ternura e descoberta do meu corpo, de minhas mãos até então inábeis que ensinaste a acariciar teus cabelos, a sentir teu corpo; e ainda descoberta de que a minha voz tinha um sentido para além de sons mais ou menos indistintos e vagos."<br /><br />"Na distância imprecisa, meu amor, ignoramos de nós sequer a latitude. Contudo, provavelmente o mesmo sol cobre nossos corpos ávidos de luz e de acontecer, os mesmo rostos (ou serão outros?) da mesma gente envolvem nossos passos, os mesmos ruídos, o mesmo bombardear de fatos e de idéias, a mesma música flutua em nossos cabelos, o mesmo vento nos impele na busca de horizontes claros e do mar, cheiro de algas penetrante, doçura do pôr do sol e das tempestades na barra."<br /><br />"Como serás tu que imagino mais do que recordo – a memória traz consigo também o esquecimento, continuando embora memória de gestos repetidos – com quem te encontras, como pensas, que brisas novas suavizarão teu sangue inquieto. Na distância imprecisa que o tempo traz, recordo vagamente teu rosto rude e já marcado, a ternura inconsistente e macia da areia deslizando em nossas mãos."<br /><br />"Encontro fugidio e breve foi o nosso. Belo também da beleza que permanece na memória para além dos dias. Algures tu és, aqui eu sou. Porque imprecisa, a distância se resolve na certeza vaga de existirmos num como e num onde. Tanto basta. [pergunta ou afirmação?] Não há passos que nos aproximem no impreciso e no vago. O nosso reencontro está só na certeza vaga de existirmos com outros, sob o mesmo sol. Melhor assim."<br /><br />"Impuro e desfigurante é o olhar da vontade. Só quando nada cobiçamos, só quando o nosso olhar nada mais é senão pura observação, é que a alma das coisas, a sua beleza, se nos revela."<br /><br />"De amor não falemos. De que serviria dar nome ao que encerra somente o equívoco? Somos e não somos sós. E depois ser só não é ser só. Não estamos sós. Temo-nos um ao outro na distância e na ausência, que são só acidentes e nada de essencial atingem. Temo-nos no que ficou do fugidio encontro, na ternura renovada que nós inventamos ou recriamos. Ou na lembrança."<br /><br />"[...] A plenitude é pois uma precipitação: alguma coisa se condensa, abate-se sobre mim, fulmina-me. O que me repleta assim? Uma totalidade? Não. Alguma coisa que, partindo da totalidade, vem a excedê-la: uma totalidade sem resto, uma soma sem exceção, um lugar sem nada ao lado ("minha alma não está apenas repleta, mas transbordante").<br />[...] Plenitudes: não são ditas - de modo que, falsamente, a relação amorosa parece reduzir-se a um longo lamento. É que, se não traz conseqüências dizer mal a desgraça, em compensação, relativamente à felicidade, pareceria culpável estragar-lhe a expressão: o eu só discorre ferido; quando estou pleno ou me recordo de assim ter estado, a linguagem me parece pusilânime: sou transportado para fora da linguagem, quer dizer, para fora do medíocre, para fora do geral: "Acontece um encontro que é intolerável, por causa da alegria, e algumas vezes o homem fica reduzido a nada; é o que chamo de transporte. O transporte é a alegria da qual não podemos falar." </p><br /><br /><div align="justify">*também tenho estre trecho que publiquei antigamente: <a href="http://coisascaopticas.blogspot.com/2008/01/amar-o-amor.html">"Amar o amor"</a><br /></div><br /><br /><br /><div align="justify">barthes, fragmentos de um discurso amoroso</div>tradução duvidosa<br /><br /><br /><div align="justify"></div><br /><br /><br /><div align="justify"></div><br /><br /><br /><div align="justify"></div></div>Unknownnoreply@blogger.com1